Quando falamos em cirurgia bariátrica, temos que nos lembrar que em primeiro lugar é um procedimento evasivo, que precisa ser conversado com uma equipe multidisciplinar, para se ter um entendimento se é para o que você esta precisando. Sim a palavra é precisando e não querendo.

Quantas pessoas vemos que vão procurar determinados procedimentos porque está na moda, porque ouviram falar nas mídias sociais, porque deu certo para um famoso e coisas assim mas na realidade não sabem, como funciona e qual sua parte do esforço.

Bem vamos entender alguns pontos para ficar mais claro.

Em primeiro lugar, é preciso entender que não é um caminho mais fácil e mais simples. Obter bastante informação não apenas do que o médico fará e como fará, mas todo o processo de alimentação, comportamento, emocional, mudança de vida que virá após a cirurgia. Neste momento é tirar todas as dúvidas, conversar com a equipe e entender que a cirurgia bariátrica é uma ferramenta.

Segundo lugar, e de extrema importância que a obesidade é uma doença crônica, como hipertensão, diabetes, depressão e outras, entendendo que a cirurgia não vai curar a obesidade. Pensamentos como: “após a cirurgia nunca mais vou engordar, estou livre para a toda a vida.” São irreais.

Após a cirurgia é preciso uma mudança de vida para continuar com o emagrecimento, é uma mudança no estilo de vida, que já deveria ter ocorrido e agora como nunca precisará acontecer para ter os resultados adequados.

Terceiro lugar, quem decide por fazer a cirurgia é você o paciente e não os amigos, parentes, vizinhos.

Quarto lugar, É preciso entender que a obesidade tem que ser tratada no

tripé: controle emocional, atividade física e alimentação

onde muitas pessoas não querem emagrecer, querem ser emagrecidos, entenda é 50% cirurgia e 50% a pessoa.

Somos individuais cada um possuí um metabolismo, uns mais acelerados outros mais lentos e a cirurgia vai responder a cada pessoa de uma forma.

Trabalhar o emocional é importantíssimo, pois precisamos cuidar das dores, do comer exagerado, das compulsões alimentares e fazer com que se tenha prazer a mesa e liberdade a cada refeição.

Entendendo e cuidando deste tripé emocional muitas pessoas nem vão para a cirurgia, mas transformam-se neste caminhar.

Espero que tenha ajudado a fazer você entender um pouco o que está por trás que não tinham te contato.

Bjs

Marta Strele

Psicóloga Clínica

Especialista em transtornos alimentares, emagrecimento, obesidade, cirurgia bariátrica